terça-feira, 29 de janeiro de 2013
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
domingo, 6 de janeiro de 2013
Variações...
Variações
Algumas
vezes caminhamos de salto alto, mesmo estando diante de alguns tropeços,
revezes e decepções e mesmo assim sempre poderemos enxergar um caminho, uma luz
ou uma saída. O amor e a inocência podem nos conduzir a lugares incríveis,
dentro de nós mesmos. Ou quem sabe, simplesmente nos apegar a um dedinho de
esperança, para acreditar que sempre haverá - é certo o passado e o futuro –
mas o presente é que realmente importa.
A
liberdade está em nossa frente, no mar, no vento, no tempo.. nas páginas de um
livro em que viajamos para onde bem desejarmos, da dança, nos sonhos. A
liberdade está em escolhermos um caminho de flores azuis, verdes e esperança. A
liberdade está em nós, na inocência do instante, na brincadeira da criança, nas
conversas sem compromisso das meninas levadas. Escrevo, escrevo em busca
de uma liberdade que insiste em se manter nas entrelinhas dos meus pensamentos,
nos segredos do meu olhar sobre o mundo. Escrevo porque é mais caprichoso
que falar ou outra forma de tocar.
Caminho
perdida em fatos e frases que chegam ao meu pensamento com a rapidez do piscar.
Não dou conta de transcrever o que se passa em mim. Carrego flores e balaios de
sentimentos aos montes e sempre encontro uma forma leve de transportar, de
transferir sem me sufocar com a sensação de extravasar. As palavras
chegam a mim como água que vem para regar os caminhos ressequidos pelo tempo,
pelo esquecimento. Nestes caminhos brotam sementes de esperança de que um dia
toda a enxurrada de emoções que eu conseguir transcrever mantenha para sempre
úmido e fértil meus campos e sentimentos. A leveza do que era seco e rígido
poderá então ser novamente transformada em luz, esperanças, companheirismo e
interiorização do ser único que sou e que me tornei.
O amor
que penso e que não escrevo é o
amor contemplativo. O amor do olhar além do egoísmo, do olhar além de nos
mesmos. O amor que é simbolizado pela essência da flor. Embelezado pelo seu
néctar mais sutil. O amor que só as borboletas, seres transformadores e
efêmeros podem descobrir, sentir e amar.
O amor
é livre para transformar e não para moldar.
(Alice
Ventura - Variações/2013)
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
De tudo que eu fiz...
Existem coisas que vi e coisas que fiz.
Já fiz várias
coisas em minha vida. Já fiz flores, fiz vasos, fiz arte, fiz filhos, fiz amor
(e ainda faço), fiz feira, fiz cartazes, fiz história, fiz rir e fiz chorar,
fiz caras e bocas, fiz charme, me fiz de difícil, fiz viagens reais e outras
astrais, fiz excursões, fiz exames e examinei situações, fiz exercícios, fiz o
dever de casa, fiz bobagens, fiz cócegas, fiz feliz e fui feliz, fiz músicas,
letras e sons, fiz amigos e até alguns desafetos - fazer o que? Fiz trilha, fiz
instantes, fiz momentos e fiz lenda, fiz tudo e nada do que fiz foi feito à
toa, fiz por que quis, fiz por fazer, fiz aparecer, me fiz sumir, fiz verão,
outono e inverno e faço primaveras, fiz de tudo um pouco e muito pouco do que
há para ser feito, fiz prece, oração e promessas, fiz muito por amor, fiz por
gratidão e fiz por solidão, fiz coisas do arco da velha e fiz acontecer agora,
fiz encanto e causei espanto, do tudo e do nada, fiz até macarronada, fiz com
salada e fui amada.
Se me perguntar o que ainda não fiz direi que de tudo
que fiz foi o caminho que escolhi para fazer o que me resta. E o que me resta
não é resto. O que me resta é uma vida que farei com tudo que aprendi até aqui
e aprenderei por ai....
Da macarronada, não sobrou nada e da estrada? Bem é
mais light e leve ser salada. Tempere a vida com amor e sabedoria, regue com
alegria e faça. Faça sua trilha, sua história, siga seu rumo!
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