terça-feira, 27 de novembro de 2007

Dinda! Casa da Dinda!


Se tem uma personagem na minha família que eu curto muito é a minha madrinha.
Claro que ela é minha tia antes de ser madrinha, mas ela tem um "q" diferente por ser madrinha além de tia. As minhas tias, tanto irmãs da minha mãe quanto irmãs do meu pai eu as adoro de paixão, mas a minha madrinha... ah a minha madrinha é diferente!
Ela é uma mistura de mãe boazinha, tia dengosa, vovó afetuosa e amiga para todas as horas e ocasiões. Este é meu sentimento em relação `a minha madrinha. O padrinho também é um personagem legal, mas incomparável com a madrinha. Acho que a palavra madrinha rima com varinha..e a associação que faço é de madrinha, varinha, condão.. magia...Fadinha! Pronto encontrei a palavra que combina perfeitamente com a minha concepção de madrinha " Fadinha".
Confesso que não estou tão presente na vida da minha madrinha atualmente. Também não sei porque a gente cresce, ganha um monte de responsabilidades, filhos, marido, estudos e as visitas ao colo da madrinha vão ficando cada dia mais escassos..... é a vida de nós adultos que nos priva dessa delicia de convivência.
A minha madrinha tem uma voz acolhedora. Adoro ligar e ouví-la perguntar: Como está tudo ai minha filha? Sempre carinhosa e atenciosa. Saudades, dinda!

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Algodão doce!

Algodão doce, doce ser criança

Obscuridade na lembrança

Sonhos da infância

Desejos de ser o que era ser

Criança...

Pequenos gestos

grandes anseios

de sonhos gigantes

lembrança de antes

brincar de viver

de esquecer

e nas obscuridades

fugir das idades

que insistem aparecer

cria, criança, faz compreensão

gestos de meninice

guardados no coração

enrola-se no cordão

gira-se como pião

sorriso latente

num mundo de gente

que flutua como algodão

doce como a sensação

Sê criança

Sonha, tenha ilusão.

(Márcia Santos)


sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Do amor ao enígma...


"Só quem é capaz de enfrentar a solidão adquire a capacidade de ser. Se é possível enfrentar a solidão (ainda que como uma indesejável companheira), então adquire-se o direito de ser. Ser é adequar a vida às próprias características é libertar-se através da verdade interior. Libertar-se através da verdade interior é alcançar a coragem de ser."

Aquele silêncio, por exemplo, em casa, com a mulher (ou com o marido), com a mãe ou pai. Aquele silêncio machuca quem nos esperava alegres, faladores, contando as palavras e peripécias da vida. E, no entanto, cheios de coisa para contar, nada sai. Ou sai pouco. "sins", "nãos", frases sintéticas e um ar irritado, pressa para acabar o assunto. Parece desamor. E de fato é egoístico. Mas é preciso aceitar que há ou pode haver uma forma especial de amor naquele silêncio, naquela irritação. No exercer-exatamente ali aquele tédio e aquele cansaço."(ÁRTUR DA TÁVOLA)



Márcia