sábado, 19 de novembro de 2011

SILÊNCIO!

Quando não há o que ser dito, é melhor calar-se.
Quando precisar pensar, recolha-se.
Quando a angustia tomar conta do seu coração, ore.
Quando sentir aquela vontade de partir, sente-se
A paciência é a maior virtude
A resignação um bom consolo

A pressa uma inimiga
As palavras: tanto libertam como aprisionam.
É preciso saber usá-las.
Se não está seguro...
É melhor calar-se!

domingo, 16 de outubro de 2011

Proteção nunca é demais!


Eu andarei vestido e armado, com as armas de São Jorge. Para que meus inimigos tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me exerguem e nem pensamentos eles possam ter para me fazerem mal.
Armas de fogo o meu corpo não o alcançarão, facas e lanças se quebrarão sem ao meu corpo chegar, cordas e correntes se arrebentarão sem o meu corpo amarrarem.
Jesus Cristome proteja e me defenda com o poder de sua Santa e Divina Graça, a Virgem Maria de Nazaré, me cubra com o seu Sagrado e divino manto, me protegendo em todas minhas dores e aflições, e Deus com a sua Divina Misericórdia e grande poder, seja meu defensor, contra as maldades de perseguições dos meus inimigos, e o glorioso São Jorge, em nome de Deus, em nome de Maria de Nazaré, e em nome da falange do Divino Espírito Santo, me estenda o seu escudo e as suas poderosas anulas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, do poder dos meus inimigos carnaise espirituais e de todas sua más influências, e que debaixo das patas de seu fiel ginete, meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós, sem se atreverema ter um olhar sequer que me possa prejudicar.
Assim seja com o poder de Deus e de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.
Amém.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Metamorfose...

“É que por enquanto a metarmofose de mim em mim mesma não faz sentido. É uma metamorfose em que eu perco tudo o que tinha, e o que sou. E agora o que sou? Sou: estar de pé diante de um susto. Sou: o que vi. Não entendo e tenho medo de entender, o material do mundo me assusta, com seus planetas e baratas.” – Clarice Lispector

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Estar comigo mesma....




Se deito e não

consigo dormir

Se ando, me canso

Se penso, reflito

E fico sem saber o que registrar

A noite chega e com ela meus pensamentos

Eles parecem sonhos que não querem adormecer

Incomoda-me
me fazer virar e revirar de um lado para o outro

Penso que deveria levantar e escrever

Escrever sobre o quê?: INSÔNIA

Não, não quero escrever

Preciso dormir, preciso desconectar-me

Preciso viajar e parar em algum lugar para
descansar

deste eterno movimento, desta eterna agonia

Que é o meu viver

O meu viver comigo mesma.


domingo, 27 de março de 2011

Ele consegue escrever poeticamente o que não sei expressar....

Traduzir
Por José Saramago

"Escrever é traduzir. Sempre o será. Mesmo quando estivermos a utilizar a nossa própria língua. Transportamos o que vemos e o que sentimos (supondo que o ver e o sentir, como em geral os entendemos, sejam algo mais que as palavras com o que nos vem sendo relativamente possível expressar o visto e o sentido…) para um código convencional de signos, a escrita, e deixamos às circunstâncias e aos acasos da comunicação a responsabilidade de fazer chegar à inteligência do leitor, não a integridade da experiência que nos propusemos transmitir (inevitavelmente parcelar em relação à realidade de que se havia alimentado), mas ao menos uma sombra do que no fundo do nosso espírito sabemos ser intraduzível, por exemplo, a emoção pura de um encontro, o deslumbramento de uma descoberta, esse instante fugaz de silêncio anterior à palavra que vai ficar na memória como o resto de um sonho que o tempo não apagará por completo.

O trabalho de quem traduz consistirá, portanto, em passar a outro idioma (em princípio, o seu próprio) aquilo que na obra e no idioma originais já havia sido “tradução”, isto é, uma determinada percepção de uma realidade social, histórica, ideológica e cultural que não é a do tradutor, substanciada, essa percepção, num entramado linguístico e semântico que igualmente não é o seu. O texto original representa unicamente uma das “traduções” possíveis da experiência da realidade do autor, estando o tradutor obrigado a converter o “texto-tradução” em “tradução-texto”, inevitavelmente ambivalente, porquanto, depois de ter começado por captar a experiência da realidade objecto da sua atenção, o tradutor realiza o trabalho maior de transportá-la intacta para o entramado linguístico e semântico da realidade (outra) para que está encarregado de traduzir, respeitando, ao mesmo tempo, o lugar de onde veio e o lugar para onde vai. Para o tradutor, o instante do silêncio anterior à palavra é pois como o limiar de uma passagem “alquímica” em que o que é precisa de se transformar noutra coisa para continuar a ser o que havia sido. O diálogo entre o autor e o tradutor, na relação entre o texto que é e o texto a ser, não é apenas entre duas personalidades particulares que hão-de completar-se, é sobretudo um encontro entre duas culturas colectivas que devem reconhecer-se."

quarta-feira, 9 de março de 2011

P.A.I. - Por Amor Incondicional


Foi por esse amor incondicional que fui à SP durante o feriado do carnaval para visitar e saber como anda meu pai.
Confissão: foi muito difícil segurar a emoção ao vê-lo tão abatido, magro e com aparência de quem esteve muito doente.

Sinceramente, preferia tê-lo visto mais forte, menos inofensivo, afinal é meu pai e teoricamente deveria ser bem mais forte e seguro que eu, filha e mulher.
Senti uma enorme vontade de trazê-lo para perto de mim. Como se ele estivesse precisando de ajuda ou de colo, mas sei pela lógica da situação que nossas vidas se encontram que ele está bem e bem cuidado por aqueles que o adotoram como pai e esposo.

Meu nó na garganta foi pelo choque, pela surpresa....
Meu pai, há tantos anos distante da nossa família percebi que ele tenta saber de todos, uma curiosidade natural toma conta dele em seus questionamentos... Deixei que ele visse algumas fotos da minha máquina e ele então com seu jeito brincalhão, condição que a doença não tirou dele, a brincadeira e a gozação.... Ele riu das pessoas, disse que todos envelheceram muito, menos ele.
Enfim, depois escrevo mais melhor sobre essa pessoa tão especial na minha vida.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Trocas inevitáveis, transformações....

Hoje transformamos o berço do nosso bebê em uma mini-cama....ficou linda e ele adorou a novidade ( pelo menos para pular e brincar)
Parece uma bobagem, mas para mim essa transformação simples é sinal de uma grande mudança.
Adoro tanto a fase de bebê.. adoro tanto cheirinho de bebê e possibilidade de se colocar nosso filho no colo e ninar..e proteger.
Daqui a pouco serão apenas lembranças.. deliciosas lembranças de ver aquela criaturinha tão pequena e indefesa adormecendo no meu colo.
Há uma confiança, uma segurança que colo de mamãe passa que o sono se torna tranquilo e sereno.. Nada pode atrapalhar esse momento.
Pois bem, esse momento aos poucos vão ficando escassos e raros...

Percebo que há alguns dias a atenção de Dante era toda voltada para mim quando eu chegava do trabalho. Dante tinha até o apelido de "grude" pois não largava do meu pé.
Hoje, algumas vezes, quando chego e ele está tão envolvido com os brinquedos que olha para mim, diz: mamãe! e se volta para os brinquedos..

É muito engraçado a sensação que essas pequenas mudanças causam, se não registrarmos ou através de fotos ou de postagens no Blog, acabam-se confundindo com o dia-a-dia e vc nunca mais lembrará dessas pequenas transformações e quando de repente se virar vai ter um guri descendo sozinho para o play e nós "mães" brigando para que subam para tomar banho.... Sei que será assim, é natural. Por isso quero aproveitar ao máximo meus dengos e chamegos com meu filho, meu bebê!

Tenho uma filha de 22 anos e muitas coisinhas do seu tempo de bebê não me recordo mais.. o tempo apagou, as pequenas mudanças foram se misturando e hoje quando vejo, tem uma linda mulher enorme deitada no quarto ao lado.
Lógico que amor de mãe não se mede pelo crescimento dos filhos. Amor de mãe não tem nada a ver com cheirinho de bebê e as gracinhas da infância. Amor de mãe vai além.
No meu caso, atualmente vivo dois extremos. Uma noite ri muito porque meus filhos estavam com cólica. Marianna, cólica mentrual e Dante cólica comum de recém nascido. Esses contrastes são engraçados e corriqueiros. As fomes e as ansiedades são diferentes, mas para mãe.. tudo é igual.. afinal é nosso filho..seja bebê ou seja adulto.

Marianna se produz e sai para a noite, a mim e só resta entregar na mão de Deus, nossa presença e nossos conselhos vão ficando cada dia menos necessários. Por outro lado, Dante só dorme depois de toda minha atenção, beijos, historinhas e brincadeirinhas na cama. Oramos e enfim ele adormece, mas essa rotina é um ritual entre mãe e filho, uma cumplicidade que adoro e vou manter enquanto ele quiser é claro...
Totalmente diferente da cumplicidade que Marianna compartilha comigo. Ela quer ouvir outros tipos de conselhos, quer compartilhar assuntos diversos sobre namorados, amigas, festa, shows cantadas que recebeu,"namorados" que só querem ficar, etc...

O encantador nessa minha história de mãe aos 20 e aos 40 é que me sinto preparada para cada uma das fases que meus filhos vivem.
Para Marianna o fato de eu ter vivido bastante, curtido bastante e conhecer um pouco da cabeça dessa juventude ajuda muito e nos aproxima, já ser mãe de Dante aos 40 anos me proporcionou uma experiência inenarrável, posto que é uma fase na minha vida em que estou muito mais segura de mim e das coisas que quero para minha vida, já cumpri a fase da minha realização profissional, com isso tenho mais tempo, valorizo mais o tempo ao lado dele.. tenho uma paciência que surpreendeu todos que convivem comigo, já que sou muito agitada e sempre mantive o discurso que não pretendia ter mais filhos, justamente por não ter paciência...

Adoro ser mãe dessas duas criaturinhas que Deus me abeçoou e me deu para criar e amar.
Peço sempre que Ele me permita vivenciar todas as fases que ainda virão, tanto de Marianna (netos) quanto de Dante ( diploma) srsrsrsrs Mãe é tudo igual....