sexta-feira, 4 de abril de 2014

METADE ....


O que é uma metade se não um inteiro de duas partes.
Sou metade inteira e outra metade fracionada. Juntando as duas metades elas  não me completam, simplesmente, unem-se partes de mim.
Tenho me preenchido com uma porção de mim, pois o inteiro não me cabe...
Às vezes me sinto inteira, plena e completa simplesmente porque me faltam algumas partes. Partes que verdadeiramente abomino. Partes perdidas e sem reflexos. Partes vazias e evasivas. Partes desperdiçadas ao longo dos anos...
Sou uma metade repleta transbordando leveza e simplicidade. Sou outra parte de mim. Sou assim.
A luz que preenche meu espaço transpassa as brechas de um novo ser eu, ser só , ser sim e não ser. 
Sou tão impar que me assusta aceitar par. Parte sem mim. Sou tão um que plurais me assustam.
Sou ser vivente e experiente de ser o quem se pode ser quando se é assim... dona de si.
Não te explico e nem me complico justificando meus fins. No começo o fim é o certo que é finito e assim se aceita fim.
Para que compreender os poréns, se o contudo só complica ainda mais o que toda via de via única, de mão única se perde na contramão.... Não se explica não....
A certeza da minha única metade é que me completa e preenche o vazio que depositam em mim...
Sou única, metade de um inteiro, inteira sem fim.
Simplesmente, assim.
Dona de mim.

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