sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Do amor ao enígma...


"Só quem é capaz de enfrentar a solidão adquire a capacidade de ser. Se é possível enfrentar a solidão (ainda que como uma indesejável companheira), então adquire-se o direito de ser. Ser é adequar a vida às próprias características é libertar-se através da verdade interior. Libertar-se através da verdade interior é alcançar a coragem de ser."

Aquele silêncio, por exemplo, em casa, com a mulher (ou com o marido), com a mãe ou pai. Aquele silêncio machuca quem nos esperava alegres, faladores, contando as palavras e peripécias da vida. E, no entanto, cheios de coisa para contar, nada sai. Ou sai pouco. "sins", "nãos", frases sintéticas e um ar irritado, pressa para acabar o assunto. Parece desamor. E de fato é egoístico. Mas é preciso aceitar que há ou pode haver uma forma especial de amor naquele silêncio, naquela irritação. No exercer-exatamente ali aquele tédio e aquele cansaço."(ÁRTUR DA TÁVOLA)



Márcia

Nenhum comentário: