sábado, 26 de maio de 2012

O tempo que passa...


Que chique!
Foto tirada em  Miami, em frente ao Hotel Clevelander, que fica  mais precisamente na Ocean Drive, centro do bairro de Art Déco de Miami Beach uma das avenidas mais movimentadas e famosas de Miami Beach. Estava me sentindo a própria passeando por lá. Na verdade foi a realização de um sonho: viajar para os EUA.
E lá fui eu. Sozinha! Sem conhecer ninguém. Tinha uma amiga virtual que conheci um ano antes de viajar. Era brasileira e mora lá até hoje com seu marido Prisco e filha Pamela. Nos falávamos por telefone, emails e quando ela me convidou para ir até lá e que eu poderia ficar na casa dela não medi esforços.
E lá fui eu para Miami com a cara e a coragem.
Eu tinha 32 anos, magra e um monte de sonhos. Tinha uma vontade desenfreada de morar em outro país. Conhecer outras pessoas, outras culturas. Viver em um lugar onde ninguém me conhecesse. Um lugar onde eu pudesse re- inventar minha vida do jeito que eu bem entendesse. No fundo nem sei porque eu tinha essa vontade.Quero dizer não sei quando começou, considerando minha criação e minhas origens. Enfim, sonho realizado. Fui até na Disney World sozinha. Me hospedei, fui ao parque e me diverti muito em Orlando. Pude praticar um pouco o meu inglês que estudei com tanto sacrifício. Apesar de ter sido pouca a prática porque por lá tem tanto latino que melhor seria ter feito um curso de espanhol para praticar por lá.

Quando me vi lá tão longe de casa, tao longe de qualquer pessoa que soubesse quem sou eu pude enfim sentir o sabor da independência e da tal  LIBERDADE! Foi muito importante para mim essa aventura e os momentos que passei por lá.

A baixo tem uma foto atual de mim, bem atual, tirada hoje dia 26.05.12.  Hoje estou com 44 anos e acabei de desabafar com minha filha Marianna que estou me detestando gorda. E que estava sem inspiração para escrever nada no meu Blog e ela me disse: " Então escreva sobre estar gorda, em como se pode ser feliz gorda e etc..." Ao que respondi: Mas se não estou feliz me sentindo gorda. E olha que sei que não estou tão gorda (visivelmente) assim, porque os 10 quilos adquiridos depois dos 40 estão bem distribuidos.
Vejam:


Nem estou tão gorda assim né? Mas me sinto!

Mas o estar gorda e me deixar chegar a esse peso que me incomoda tem mais razões emocionais e psicológicas do que pura gulodice.
Tenho me sentido pesada. E esse peso é meio como uma ancora. Um estado inerte. Parada. Estacionada.

Sei que tenho trabalho, que tenho um filho de 3 anos que me faz movimentar mesmo que eu não queira, tenho um casamento,tenho mãe, filha, irmãos, enfim família.... tenho um monte de coisas que todo mundo tem, pelo menos a maioria das pessoas. Mas eu me sinto incompleta. E essa falta de não sei bem o que estou preenchendo com a comida e com a guloseimas que tenho ingerido. Porque todas as vezes que acabo de comer me sinto culpada e arrependida. Acabo me torturando por ter comido, por ter tomado uma cervejinha, etc... Outras vezes vem um pensamento de conformismo (para mim o pior) que eu mesma me digo: Ah, Márcia, relaxa e viva a vida como dá, como é possível. Você não é nenhuma modelo para querer a perfeição, ser magra, saudável, bonita, etc...  E então como com uma espécie de punição pela minha fraqueza, me sinto mal e com a estima lá em baixo. Quem pode ser feliz assim?

Ok?! Tudo bem?! Já faço terapia. kkkkk
Quem sabe em breve não soluciono esses conflitos internos. Estou trabalhando para isso.

No fundo acredito que ao rever as fotos do tempo em que eu tinha vários sonhos difíceis de serem alcançados eu me conscientizei de que era uma época mais emocionante. Sei lá... de repente vamos concluindo e realizando alguns objetivos e a vida vai ficando meio sem graça. Estou até pensando em voltar a estudar. Criar novos desafios e correr atrás de algo que me mova, que me motive e que me movimente ( além de uma academia é claro?!!).

Espero que daqui a 10 anos eu poste uma nova foto ( mais bem resolvida com meu peso) e que tenha muitas outras coisas para contar. Coisas além das normais, além das esperadas e rotineiras.

Coisas de Márcia que não tem nada a ver com as pessoas que estão comigo, com os filhos que tive, com a vida que levo... coisas minhas.. da minha cabeça e do meu coração! Não quero perder essa essência. Acho que ser Márcia é ser assim.... inconstante.

Por via das dúvidas, segunda-feira, dia internacional de se começar uma dieta, eu vou começar um de novo. Até por que não dá para ser diferente quando o assunto é dieta e mulher.

Boa noite!



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