"Tem sempre presente que a pele se enruga, que o cabelo se torna branco, que os dias se convertem em anos, mas o mais importante mão muda: tua força interior." Madre Teresa de Calcutá
Estava mexendo ali e aqui procurando uma imagem para me inspirar a escrever sobre o ano que passou e este agora que estamos vivendo. 2018/2019.
E essa foto me mostra de cara lavada.
Não seria a que estou me achando mais bonita, nem a que retrata tudo que venho sentindo e experimentando ao longo dos meus 50 anos.
Mas essa foto, de cara lavada como disse, com as rugas em torno dos olhos aparente, com fios de cabelo brancos, com a pele mais flácida... mesmo assim, essa foto conseguiu captar meu estado de espírito e com esse efeito preto e branco ao fundo fosco que dei captou mais ainda. Ou seja, EU estou vibrante. Estou colorida. Estou radiante.
No estado em que me encontro o mundo pode e - até está um tanto cinza- com tantas mazelas e notícias desagradáveis que nos são lançadas dia a dia. São tantos desastres naturais, crimes bárbaros, feminicídio, violência contra crianças, velhos e animais. Enfim, são tantas as razões para nos esmorecemos. Porém, acredito que se está ruim só depende de nós mesmos encontrarmos um caminho melhor e esse caminho mora dentro de nós.
A nossa força interior é que nos conduz! Ela quem nos dita como queremos e devemos viver. E dela depende nossas escolhas. Como sempre, como tudo na vida!
Não faço vista grossa para tudo que acabei de relatar. Só não posso me transformar por conta de todos esses fatores externos ou alheios à minha vontade. Dentro de mim cativo e cultivo os melhores sentimentos. O melhor de mim é o que tenho a oferecer a todos que me rodeiam. Não estou com isso dizendo que sou uma alma bondosa e generosa que só pensa o bem ou que vive em um mundo da lua rodeada de otimismo e bons pensamentos. Não, não é isso! Estou tentando expressar é que se posso semear o bem, pensar o bem e fazer o bem. O bem reside em mim. E assim, me protejo do mal que está na alma de outras pessoas. Jamais deixarei que a maldade alheia me alcance no sentido de me transformar. A maldade existe é fato, mas só deve fazer mal e prejudicar quem as possui.
Ainda outro dia conversava sobre a minha capacidade inconsciente de esquecer ou deletar sentimentos, situações e pessoas que me fizeram sentir mal ou estar mal. As pessoas que me fizeram o mal ou o desejaram foram absolvidas - não porque sou Madre Teresa de Calcutá...não. Elas foram absolvidas porque eu não deixei que a maldade que elas porventura me desejaram se criasse em mim. Criasse raiz.
Me libertei e de alguma forma as libertei também. Por que sem eco ninguém quer fazer barulho. Não se permita ser o eco que ressoa o mal que o outro de deseja. Seja rocha, seja firme, seja você mesmo.
Então, o que posso dizer do ano que tive e que passou que vivi ele inteirinho, intensamente cada dia, cada mês, cada emoção e sensação que me foram oferecidos pelo Universo.
O ano 2018 representou muito para mim enquanto pessoa, enquanto mãe, enquanto mulher e enquanto profissional. Dediquei ele a mim e aos meus 50 anos. Tudo que pensei e planejei eu realizei com muito amor e com muita felicidade.
Esse ano eu me permiti viver tudo que quis sem amarras, sem cobranças, sem limites.
Me indispus algumas vezes, sim é claro!
Me permiti ser verdadeira inúmeras vezes mesmo que minhas palavras não fossem exatamente as que algumas pessoas desejavam ouvir. Mas eu precisava provar essa liberdade.
A liberdade de ser eu mesma.
Este ano que passou não me incomodei com certos comentários.
Sou chata e dai!
Não me aborreci por não ter conseguido alguma coisa - isso também liberta.
Não foi deste vez. E dai?!
Nos liberta da nossa própria cobrança.
Da nossa culpa e das nossas desculpas para protelar sonhos e projetos.
Mudei de ideia. E dai?!
Espero que os outros anos eu consiga redescobrir ainda mais esse prazer de ser.
A liberdade de existir.
Que o amor em 2019 transborde em mim.
Desejo que eu possa fazer mais pelo próximo.
Que 2019 seja tão bom quanto 2018 e que eu seja tão ou mais feliz!
Márcia Santos
