quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

E mais um ano vem por ai...

365 páginas em branco para registrar, criar, inventar, recriar, reinventar, enfim....
Para viver um dia de cada vez!

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Natal!







O Natal não é um momento nem uma estação, senão um estado da mente.
Valorizar a paz e a generosidade e ter graça é compreender o verdadeiro significado de Natal.

O Natal começou no coração de Deus.
Só está completo quando alcançar o coração do homem.

Neste Natal desejo mais que um presente, que você possa compartilhar com seus amigos e parentes!

Desejo mais que realizações, que haja amor e paz em nossos corações !

                                                                    FELIZ NATAL!

É preciso aprender a olhar..


A arte de ser feliz

Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão estudar
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.
Cecília Meireles

 

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Na fé...

Na fé que me move sigo em frente.
Ali, bem ali adiante procuro respostas
Naquele entardecer silencioso, onde o único ruído que se ouve é o som das batidas de um coração
No olhar perdido as lembranças
No pensar a saudade
Quantos minutos são necessários para que os rumores e os ruminantes anseios gritem e queiram se libertar
Cansados desse estágio
Exaurido de tentar transcender

Lá bem no fundo sei de todos os passos precisos
e imprecisos que preciso dar
Sei bem o que me faz ir e voltar....
e porque insisto em ficar aqui
parada
no mesmo lugar

A música chegou
Xô pensamentos

O sinal abriu
O transitto fluiu
Fui embora no meu caminhar
Agora ouço música
agora quero chegar

domingo, 6 de dezembro de 2015

Sobre estar só.



Voltar para um estado passado pode nos permitir melhor analisar o caminho que desejamos seguir e que por alguma razão nos perdemos...
As belas asas da liberdade. O belo voo para o desconhecido nem sempre é melhor que o conforto do casulo. O silêncio do casulo. A solidão do casulo.
Entendo o casulo como um momento interior. Aquele em que a reflexão existe e é sentida, quase tocada.

O casulo é a nossa essência. É o nosso ser.
Por hora não desejo voltar ao casulo até porque ele sempre existe em mim...Coabita.
Uma espécie Caramujo de ser... ele é meu lar e me acompanha.

Talvez por isso me perca nos voos aos quais me proponho.
 Não consigo me livrar dele. Não consigo bater minhas asas...
Meu casulo, minha prisão.
Meu ser, confusão.




sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

A menina da praça

Oh que bela praça!
e a moça sem graça  que fica a admirar
Olhando da janela sonha com as inúmeras etnias que ali se misturam
Ali da sua janela contempla o entardecer
Como a menina queria descer
poder sair e correr
A clausura das suas escolhas a prendem ali
entre livros e pensamentos
a liberdade só a permite sonhar
e viajar sem sair do lugar

Os sons de sotaques variados
aguçam seus ouvidos
abrandam uma saudade

A menina da janela
pensa e suspira
e descansa juntamente com o sol...
se acalma
se entristece e
de tudo esquece...

Até que outro dia possa surgir e
da janela e outros pensamentos
possam emergir...
(Alice V.