domingo, 15 de junho de 2008

Amizade, para que serve mesmo?

Serve para rirmos e para chorarmos juntos,
Para nos fazer crescer, para nos mostrar nossas fraquezas.
Serve também para nos deixar a vontade, para que possamos ser nós mesmos sem reservas.
Ter amigos significa ter amor de graça e incondicional.
Meus amigos fazem parte da minha vida e são como partículas do que me tornei ao longo dos anos em que convivo com cada um deles.
O que poderia falar de cada um desses representados pela foto acima?
Começando por Tan. Essa é uma figura rara, melhor dizendo, raríssima. Tan apareceu na minha vida em 1994 quando eu estava procurando um lugar para morar. Ela era conhecida de Jackeline, amiga minha de Jequié que morava aqui em Salvador e que me deu a mão quando precisava me re-estabelecer. Fomos morar todas juntas: eu, Jack, Tan, Inês Marisa e Vânia. Todas vindas do interior e buscando oportunidades na capital. Morávamos em Ondina no Edf Ondina Surf, nem preciso dizer que era perto da praia. Dividíamos o mesmo quarto eu e Jack que era mais chegada a mim que as outras. Foram meses maravilhosos e divertidíssimos os que passamos juntas. As meninas todas solteiras desbravando as noites em Salvador. Na época Tan já era uma perua total. Trabalhava em uma loja como vendedora, mas detestava trabalhar como tal. Tan nasceu para ser rica é toda chique, adora comprar coisas e adora organizar uma casa. Adorava roupas de marcas e perfumes franceses e os tinha, não me perguntem como?! Eu a achava hilária, totalmente despreocupada com a vida. Aliás, eu era a única que tinha com o que me preocupar ( eu já tinha Marianna). Enfim, Tan era uma figura porque Jackeline vivia perturbando-a com relação às contas que ela de algum jeito honrava.... Porém, dias vão, dias vêm e nem me lembro bem Tan voltou par Santo Antônio de Jesus e passou uma temporada por lá. Nesse meio tempo, mudei de apartamento e fui morar sozinha, do outro lado da rua no Edifício Pedra da Sereia. O mundo deu voltas e Tan acabou me procurando um dia lá no meu trabalho, estava deprimida e angustiada, nada dava certo para ela e foi então que com o meu jeito compreensiva a ajudei com minhas palavras nada suaves e realistas. A partir de então eu sabia quem era e como era Tan e ela a mim e nossa amizade se fortaleceu dentro do maior respeito pelas diferenças. Tan voltou a morar comigo e nunca mais conseguimos nos afastar muito tempo. Hoje ela mora na Suíça e tem uma filha que é minha afilhada. Sou amiga e irmã de Tan. Somos confidentes e confiantes .... Já rimos e já choramos muito juntas por inúmeras razões.. O mundo parecia não compreendê-la e às vezes só ela em seus devaneios conseguia me compreender também. Ainda hoje puxo suas orelhas de vez em quando, pois Tan é uma eterna sonhadora e romântica, e de uma coisa tenho certeza ela não vai mudar nunca!


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